O CBD é o principal composto de canábis sem efeitos psicoactivos, também conhecido como cânhamo. Estudos médicos mostram que o CBD possui propriedades benéficas em combinação com o tratamento de condições de saúde como epilepsia, inflamação, dores, vómito, depressão, ansiedade, insónia, entre outras patologias.
Há alguns anos, investigar as propriedades medicinais da canábis em profundidade era um desafio directo à lei. Tais restrições mudaram desde então, e a medicina moderna realizou diversos estudos e análises sobre os efeitos e benefícios desta substância.
E, além dos benefícios já conhecidos, cientistas descobriram que esse componente específico também pode ajudar pessoas que sofrem da doença de Lyme.
Saiba mais sobre a doença Lyme e como o CBD pode ser um tratamento eficaz.
O que é a Doença de Lyme?
Infelizmente, essas picadas podem ocorrer casualmente durante caminhadas na floresta, em parques e áreas com muita grama, onde é comum carrapatos habitarem e se espalharem. No entanto, o aspecto positivo é que esta doença não é contagiosa, porém, pode causar graves complicações de saúde se não for tratada a tempo.
Em muitos casos, a picada do carrapato é deixada despercebida e os sintomas da infecção estão associados a outras doenças. Portanto, é necessário realizar um teste de laboratório para identificar e diagnosticar correctamente a doença de Lyme e iniciar o tratamento rapidamente.
Sintomas da Doença de Lyme
Fazer o teste para a doença de Lyme, assim que você suspeitar que seja portador da mesma é crucial, pois as bactérias Borrelia Garinii e Borrelia Afzelli mencionadas acima são difíceis de serem identificadas e eliminadas do organismo. De fato, elas comprometem significativamente o sistema imunológico e desenvolvem resistência a alguns antibióticos com frequência.
Se você notar algum destes sintomas, é aconselhável consultar imediatamente um profissional de saúde, a fim de evitar danos adicionais ou permanentes causados pela doença de Lyme.
Sintomas Leves
- Irritação em torno da mordida
- Dor em todo o corpo
- Perda de mobilidade nos músculos e articulações
- Glândulas inchadas
- Dores de cabeça
- Fadiga
- Febre
Sintomas graves ou permanentes
- Artrite grave
- Dor constante nas articulações
- Problemas cardíacos
- Danos no sistema nervoso
- Neuropatia periférica ou sensações estranhas nas extremidades
- Meningite
- Paralisia facial
- Mudanças nervosas
- Depressão
- Ansiedade
- Confusão
Geralmente, pessoas com sintomas graves da doença de Lyme desenvolvem problemas psicológicos associados a depressão, nervosismo e ansiedade como resultado de dores constantes ou dano permanente às funções do corpo. Por esse motivo, o suicídio é considerado uma das consequências mais fatais causadas por esta infecção.
O CBD pode ajudar no Tratamento da Doença de Lyme?
Muitos especialistas recorrem rapidamente a antibióticos farmacêuticos ao tratar essa infecção. No entanto, estudos científicos confirmam a eficácia do CBD no combate aos sintomas leves e graves da doença, revelando que o mesmo possui as propriedades curativas ideais, tornando-o um complemento apropriado e adequado para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem dessa condição.
O composto CBD exerce um efeito antibacteriano1 , diminuindo a dor causada pela neuropatia periférica, reduzindo a dor de cabeça e as náuseas, fortalecendo o sistema imunológico, fornecendo propriedades anticonvulsivantes, controlando, ainda, episódios nervosos de ansiedade e depressão.
Um estudo realizado em 20082 mostrou que o consumo de cepas ricas em CBD pode combater de forma eficaz as bactérias que causam a doença de Lyme. O estudo observou, também, que o efeito antimicrobiano do CBD é altamente eficaz contra bactérias resistentes a antibióticos.
Por meio de um depoimento pessoal, uma paciente afirmou que fumar CBD regularmente ajudou-a a reduzir as convulsões sofridas por conta da doença. Existem inúmeros depoimentos de pacientes que conseguiram mitigar as dores da doença de Lyme, graças ao uso do CBD.
Dosagem de Óleo de CBD para a Doença de Lyme
Sempre recomendamos a abordagem de intensificação, conforme descrito no livro CBD: A Patient’s Guide To Medical Cannabis”, de Leonard Leinow. De acordo com a publicação, doenças infamatórias podem ser efectivamente tratadas com uma dose padrão de CBD ou 10mg a 100mg de CBD dosagem por dia.
É aconselhável dividir a ingestão em três doses iguais ao invés de consumir apenas uma ou duas doses altas durante o dia. Caso você não sinta melhoras após a dose diária recomendada de CBD e estiver pensando em aumentá-la, é aconselhável consultar um profissional de saúde antes de fazê-lo.
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Lembre-se
Embora os estudos médicos não reflictam efeitos colaterais após o consumo de CBD, é aconselhável evitar overdoses físicas do composto. Você pode testar os níveis de dose indicados até encontrar a quantidade ideal para a sua condição.
Uma vez que o corpo se adapta ao composto, é possível notar uma melhora significativa nos sintomas da doença de Lyme. No entanto, é importante que um especialista aconselhe ou prescreva com precisão a dosagem apropriada de acordo com o progresso da doença.
O que Dizem as pesquisas sobre o Tratamento da Doença de Lyme com CBD
O CBD demonstrou seus benefícios medicinais por vários anos e, para dar maior credibilidade ao uso desse componente como tratamento da doença de Lyme, podemos relembrar alguns estudos médicos, tais como:
Análises Clínicas
Sabe-se que não houve estudos clínicos associados ao uso de CBD para a doença de Lyme. Entretanto, foram realizados vários ensaios a respeito da dor e como esse composto pode funcionar para diminuí-la.
Em 2013, um estudo clínico sobre dores causadas por doenças terminais, como o câncer, foi realizado por pesquisadores britânicos3 . Este é um dos tipos de dor mais difíceis de tolerar e, geralmente, os medicamentos não conseguem acalmá-lo.
O CBD mostrou ter um efeito positivo no alívio de dores, fadiga e insônia. Além disso, não houve reacções adversas com o uso prolongado do composto, bem como falta de eficácia, e o tratamento foi perfeitamente tolerado por pacientes com dores intensas e terminais.
Da mesma forma, um teste para dores de cabeça e enxaquecas4 , que também são sintomas da DL, obteve resultados altamente favoráveis. Espasmos também são comuns com esse tipo de infecção e o estudo mostrou alívio no caso de epilepsia e esclerose múltipla. Também neste caso, não houve intolerância por conta do uso prolongado de CBD.
Tais estudos mostram que os sintomas mais comuns da doença de Lyme podem ser aliviados de forma eficaz graças ao uso desse componente da canábis. Da mesma forma, as reacções psicológicas associadas à ansiedade e à depressão são mantidas sob controle.
Análises Laboratoriais
Desde 1958, estudos de laboratório mostraram que a canábis tem propriedades antibacterianas e, em 2008, o CBD também mostrou resultados positivos nesse sentido.
Por muitos anos, diferentes análises desse tipo demonstraram a capacidade anti-inflamatória do CBD5 . Além disso, pesquisadores explicam que seus efeitos são evidentes e acontecem de forma rápida e, graças a uma análise realizada em 2016, foi demonstrado que ele age de maneira muito semelhante aos antidepressivos farmacêuticos.
Conclusão
Para concluir, pode-se dizer que uma variedade de estudos e ensaios médicos comprovam a eficácia do CBD no tratamento adequado da doença de Lyme. Embora sejam necessárias mais pesquisas, mais e mais pacientes compartilham seu testemunho sobre os efeitos positivos desse composto em sua condição de saúde.
Existem, ainda, médicos que aprovam o consumo de suplementos naturais ou cepas ricas nesta substância como um complemento para pacientes que sofrem de Lyme, desde que não substituam os tratamentos antibióticos farmacêuticos indicados para eliminar bactérias do organismo e curar completamente a doença.
Referências
- B. van Klingeren und M. ten Ham. „Antibacterial activity of Δ9-tetrahydrocannabinol and cannabidiol“ Journal of Microbiology (1976) [↩]
- Giovanni Appendino, Simon Gibbons, Anna Giana, Alberto Pagani, Gianpaolo Grassi, Michael Stavri, Eileen Smith und M. Mukhlesur Rahman. „Antibacterial Cannabinoids from Cannabis sativa: A Structure−Activity Study“ The American Chemical Society and American Society of Pharmacognosy (2008) [↩]
- Johnson JR, Lossignol D, Burnell-Nugent M und Fallon MT. „An open-label extension study to investigate the long-term safety and tolerability of THC/CBD oromucosal spray and oromucosal THC spray in patients with terminal cancer-related pain refractory to strong opioid analgesics.“ PubMed J Pain Symptom Manage. (2013) [↩]
- Eric P. Baron, Philippe Lucas, Joshua Eades und Olivia Hogue. „Patterns of medicinal cannabis use, strain analysis, and substitution effect among patients with migraine, headache, arthritis, and chronic pain in a medicinal cannabis cohort“ Springer Open J Headache Pain. (2018) [↩]
- Prakash Nagarkatti, Rupal Pandey, Sadiye Amcaoglu Rieder, Venkatesh L Hegde und Mitzi Nagarkatti. „Cannabinoids as novel anti-inflammatory drugs“ HHS Public Access Future Med Chem. (2009) [↩]